terça-feira, setembro 07, 2010

Onde foram parar os planos?

Você fez algo comigo que eu não consigo explicar
Então, eu seria inconveniente se dissesse que
Eu sinto sua falta?
Voce só anda longe há 24 meses
Mas eu já estou me acabando, eu sei que eu verei você de novo
Mais cedo ou mais tarde
Mas eu preciso que você saiba que eu me importo
E, eu sinto sua falta.
Desculpe por culpar você por tudo que eu não consegui fazer alguns dias eu me sinto destruída por dentro, mas eu não vou admitir. As vezes eu apenas quero esconder porque é de você que eu sinto falta,se eu tivesse apenas um desejo
somente um pedido não há nada que eu não faria para ter apenas mais uma chance de olhar em seus olhos e te ver retribuindo o olhar.
Agora que você se foi me sinto como uma garotinha que chora em frente ao monstro que vive em seus sonhos.Eu ignoro, mas estou sonhando com você.
Eu vou manter minha calma, mas estou sentindo..
Eu tento dizer adeus e engasgo,eu tento me afastar e tropeço.
Embora eu tente esconder, está claro
Meu mundo desmorona quando você não está perto.
Você me chamava de seu anjo e me abraçava forte nos seus braços, eu nunca quis que você me deixasse, eu queria que você ficasse aqui me abraçando, sinto falta do seu sorriso e eu ainda derramo lágrima de vez em quando, e mesmo sendo diferente agora eu sei que você esta aki de alguma forma, meu coração não vai deixar você ir eu sei que você está em um lugar melhor, mas eu desejo que eu possa ver seu rosto, eu sei que você está onde você precisa, mesmo que não está aqui comigo.

quarta-feira, agosto 18, 2010

Eu quero!

Cansei dos eternos mal entendidos das relações. Cansei desta infinita frustração de ir ao encontro de palavras vazias que não significam nada quando são colocadas diante da realidade dos defeitos.

Cansei de ser mal interpretada, de interpretar mal, de tentar acreditar que vamos conseguir mudar o mundo!

Cansei de buscar amores que só existem nas minhas poesias delirantes que escorrem de pedaços de contos que eu vi um dia, mas não foi pra mim, nunca foi!
Sonhei com você de novo. O que você quer de mim, me diz? Invadindo minha noite e minhas decisões? O que você quer que eu faça com a sua carinha de anjo e seu olhar profundamente encantador e triste? Por que você não me prende pra sempre neste sonho e me transporta para “lá”? Para depois do mar, “naquele lugar”, lembra? Aquele que criamos demanhanzinha, depois daquela ventania de uma noite de fevereiro (...).
Por que você não me rouba de vez disso tudo aqui? Eu ando cansada, carente e, anoite me sinto sozinha... A solidão da alma, a solidão dos dias que me enchem de coisas para fazer. Coisas que não alimentam meu espírito rueiro e sedento. Coisas que eu procuro falar... Procuro explicar, mas... Não sei dizer.

Não sei como vou te dizer que naquela noite, "em cima do palco" eu te vi: lindo, cheio de luzes caindo ao teu redor. Lindo como um pedacinho de mar num deserto. Lindo como o meu eterno garoto faceiro. Lindo meu amor! Meu cantinho de paz, de realidade, de esperança. Mas, você me “deixou”... Logo agora, que eu mais precisava de seus braços fortes, você foi embora. Foi para nossa casinha e esqueceu que não há lar sem cumplicidade. Nunca mais haverá. Tenho tantas palavras para falar mas, como já diz na musica “palavras ao vento, são só palavras...”

Preciso de mãos, sons, toques... Preciso me jogar, literalmente, em cima de você. Preciso sair daqui agora e gritar bem alto o quanto eu preciso disso!Eu quero dançar nas noites quentes e me esconder debaixo da cama nos dias solitários e frios. Preciso desta prece e da certeza de que eu fiz a minha parte.
Responda-me meu garoto, por favor, me diga de uma vez: eu fiz a minha parte? Eu te levei aos campos que te prometi? Eu supri a sua sede nos momentos de aflição? Eu te amei como prometi? Diga-me meu garoto, porque naquele dia, há muito tempo atrás... Eu te vi, eu estive lá.

Não suporto não saber QUEM é você! Não suporto ter medo de apenas conectar e falar: olá meu rapaz, como vai, estou com saudades... É tão simples para mim... Poderia ser tão mais simples pra nós.

Agora estou aqui e meu passado é a única coisa que realmente me escuta e me resta. Olho as paredes do meu quarto e procuro você, de novo. Procuro minhas estrelas no céu do meu teto, procuro a minha cantiga que preenchia o vazio do espaço. Procuro... Procuro... Procuro... E, apenas vejo paredes distantes, frias, indiferentes, nada aqui é igual ao meu lar. Um dia ainda vou te contar dele! Era lindo... Eu corria no jardim e via peixinhos que nasciam das chuvas de verão nos jardins. Eu cavalgava em cavalos alados e voava em tapetes de cetim e bordados. Eu fui princesa, fui plebéia, fui um anjo e um demônio na vida de alguns mortais... Fui feliz. Fui eu mesma!
Esta transição me deixa tonta, porque nada aqui é familiar, nada aqui é meu de verdade.

Quero o meu “sóton” de volta! Quero as minhas noites na janela, quero as minhas estrelas no céu apontando para a minha felicidade. Quero sentir de novo aquele turbilhão que me arrastou para uma fantasia tão real quanto imaginária... Quero sair daqui, agora, e me entregar à noite sem culpa e sem pensar em mais nada. Só quero sentir. Quem sabe assim eu não te encontre outra vez... Perdido... Por ai...




Apos 365 dias

Rio de Janeiro, 12 de novembro de 2012 Escrevo esta carta porque nunca mais quero você na minha frente. E dessa vez falo sério. Nunca mais quero ouvir a sua voz, mesmo que seja se derramando em desculpas. Nunca mais quero ver a sua cara, nem que seja se debulhando em lágrimas arrependidas. Quero que você suma do meu contato, igual a um vírus ao qual já estou imune. A verdade é que me enchi. De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia, o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame. Fico pensando como chegamos a esse ponto. Como nos permitimos deixar nosso amor acabar nesse estado, vendido e desconfiado. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser. Não quero mais nada que exista no mundo por sua interferência. Não quero mais rastros de você no meu banheiro. Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar? O tédio a dois - essa é a minha parte no negócio? Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando. Mas antes faço questão de te dizer três coisas. Primeira: você não é tão interessante quanto pensa. Não mesmo. Tive bem mais decepções do que surpresas durante o tempo em que estivemos juntos. Segunda: não vou sentir falta do teu corpo. Já tive melhores, posso ter novamente, provavelmente terei. Possivelmente ainda esta semana. Terceira: fiquei com um certo nojo de você. Não sei por quê, mas sua lembrança, hoje, me dá asco. Quando eu quiser dar uma emagrecida, vou voltar a pensar em você por uns dias.Bom, era isso. Espero que esta carta consiga levantar você do estado deplorável em que se encontra. Mentira. Não espero nenhum efeito desta carta, em você, porque, aí, veria-me torcendo pela sua morte. Por remorso. E como já disse, e repito, para deixar o mais claro possível, nunca mais quero saber de você. Se, agora, isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se cura um câncer sem matar células inocentes. Adeus, P.S.: esta não é mais uma dessas cartas-desabafo. P.S. do P.S.: esta é uma carta-desabafo-quase-música-de-Adriana-Calcanhoto.

sábado, agosto 07, 2010

De Volta

De repente me deu uma vontade de voltar ao passado...

Levantei calmamente, liguei meu simpático abajour rosa, peguei algumas folhas de despretensiosamente pálidas e me pus a preencher as mesmas com um pouco do que estava sentindo!



Eram noites tão completas... O vento adentrando pela janela, rondando o meu espaço e preenchendo-me de euforia. Parecia que me sorria! Olhava lá de cima e tudo parecia tão pequeno daquele lugar e, ao mesmo tempo, tão sob controle! Você me protegia (I could feel you protect me in the cold nights...), eu te amava e nada sob a imensidão deste universo poderia ser capaz de quebrar aquele encanto! Nem mesmo a imensidão do universo.
Quantos sons, sorriso, momentos familiares serão precisos para me levar de volta para casa? Era tão bom chegar lá e constatar que meu mundinho me aguardava, tão aconchegante, tão colorido pelas minhas idéias mirabolantes, tão meu...Assim como todas as minhas estrelas no teto do meu céu.
Sim, eu consegui! Eu jurei para mim mesma que o faria e cumpri minha promessa. Só não sei dizer quando foi que tudo se acabou... Quando foi que tudo desapareceu no ar e virou apenas uma lembrança fugaz... Quando foi que o vento parou de rondar meu pequeno quarto... Quando foi que minhas estrelas se apagaram...
Eu ainda tenho a imensidão do oceano bem como a minha gruta encantada para fugir nos dias ruins. Hoje quando olho para trás, mal me reconheço naquele retrato, mal consigo perceber aquela euforia que me invadia nas noites quentes e úmidas de verão. Mal consigo enxergar o esboço de mim mesma refletidos na certeza de que um dia eu estaria aqui, olhando para tudo isso e vendo que, finalmente, ainda que tendo que perder tudo que me era tão caro, eu consegui!

quinta-feira, julho 22, 2010

Então...

Então você pensa que pode compreender a dor. Você pensa que pode controlar tudo ao seu redor e suprimir a angustia que a frustração lhe traz. Você acredita realmente que é capaz de esquecer as noites em claro - na janela do quarto, sonhando acordada, esperando uma valsa, um sinal, uma espada, para lutar e vencer! Então eu confesso que me entrego! Rendo-me à dúvida do devir, a incerteza da glória, a possibilidade da derrota. Sim, rendo-me, mas não cairei sem antes lutar, sem antes acreditar, sem antes rezar aos céus e aos anjos, bem como a todos os santos.
Senti pena de mim uma noite dessas... Sentir pena de si mesmo é como estar depois do fim. É como perder a luta sem ter tentado, é uma sensação muito estranha, complexa, densa e cinza, indescritívelmente constrangedora. Depois deste dia, nunca mais fui a mesma, ainda que banhada em lágrimas, ainda que corroída pelas críticas vazias e ferinas, nunca mais me permiti tal tipo de ‘auto-piedade’. Agora , ainda estou confusa, sentada na minha cama, escutando as mesmas canções que compuseram a minha estrada. Ainda estou tentando me sentir em casa ao fazer este ritual, estou tentando achar o elo perdido dentro de mim, e, quem sabe, voltar a caminhar pelas ruas cintilantes que eu construí em minha alma. Hoje o dia está estranho, a noite está mais silenciosa que o habitual, o sono não quer comparecer e eu ainda me sinto meio perdida na vida que tanto lutei para conseguir. Porém, ainda assim, eu sei que cultivei alguma coisa, sinto que amadureci como pessoa e, apesar da dor, eu consigo até sorrir.

sexta-feira, julho 16, 2010

Mais uma vez

Hoje é um daqueles dias onde eu precisava desesperadamente de alguém para falar. Mas como em toda "lei" universal desta ordem, não há ninguém para escutar. Vontade de contar coisas que estão engasgadas em minha alma. Vontade de compartilhar, de transpirar toda essa emoção... A cada dia que passa aprendo que o que vai no meu íntimo é tão indivisível, tão só meu, que é impossível essa espera, quase cega, de ser "vista".
Conversei muito sobre a minha "historinha", voltei correndo para casa e desabei no chão! No escuro do meu quarto vi fantasmas tão reais, tão presentes. Tá doendo tanto agora! Eu choro por mim. Sempre foi assim. Mas a "sua tormenta" me enlouquece!
Nessas horas tenho a sensação de que voltei no tempo e retrocedi mil vezes à mesma expectativa quase feliz que vivi em uma noite de verão, em um dia comum. Como vou esquecer? É impossível lutar contra a força da natureza. É impossível lutar contra mim mesma! Ainda como se não bastasse, aparecem-me pessoas, do nada, a falar coisinhas que, sinceramente, não tenho nada a ver. Não gastem meu tempo com isso. Não "gastem-me"!
Ainda bem que tenho este lugar. Posso "te" contar, posso contar com "você" em meus devaneios tolos de menina, posso contar com meus diários e minhas fantasias. Não tente me compreender, não me leve a mal, é incompreensível.
É tanto amor, ternura, paixão... É uma força que vem de um tempo irreal e ao mesmo tempo tão presente. É a força de uma morte ou de um nascimento incoerente. A força de uma mulher que ainda tenta acreditar... Mais uma vez, sem a menos explicação.

terça-feira, junho 29, 2010

Houve um tempo

Sim, houve um tempo em que as canções coloridas e cheias de vida me mostravam a direção a seguir... Houve um tempo em que eu sorria e sentia a chuva cair sobre mim no meio da multidão, diante dos céus e dos deuses, e ali mesmo eu era feliz apenas por existir.
Houve um tempo em que a purpurina alegre da minha infância me levou a triunfos sobre campos verdes e quadras rápidas. Houve um tempo em que te amei mais que a mim mesma e desejei ser a fonte da sua alegria eterna. Sim, houve um tempo em que eu escrevia canções, cantava emoções e tão suave quanto uma tempestades eu rezava para você nas noites de chuva.
Houve um tempo em que eu acompanhei você invadir a minha vida e me encher de um mundo novo e cheio de cores mágicas. Houve um tempo em que a dor era doce como o por do sol nas tardes de primavera e eu rezava a noite inteira esperando o sol trazer o perdão tão necessário para prosseguir.
Sim, houve um tempo em que eu acreditei no futuro, no que eu mesma construí um dia, em você e em tudo aquilo que nunca vai poder acontecer junto com todas as promessas perdidas no tempo que o tempo não traz jamais.

domingo, junho 27, 2010

Estou

Estou sensível estes dias... Sensível como uma criança, aliás, como a criança que reside em mim.
Estou reflexiva, saudosa, introspectiva e melancolia... Não posso sufocar o meu lado mais real! Não posso deixar de escutar o que meu coração insiste em querer dizer.

Aguardo notícias, segredos, passados revelados e noites cintilantes... Talvez eu espere demais, ou, talvez, a magia ainda nem tenha começado de verdade.

Não me canso de repetir como fico encantada quando me reporto àquela escada ou àquela madrugada chuvosa. Não me canso de rememorar cada esquina do meu passado, cada trilha, rota, rumo, atalho... Não me canso de esperar um sinal e também de desvendar um mistério.

Quando eu era mais nova, costumava crer que todo sentimento era sustentado pela sua exata dimensão em outrem, nem que fosse à direção contrária, mas tinha de haver um eco, um reflexo, para toda e qualquer emoção despertada por outrem em nós.

Hoje costumo reencontrar-me através de pedacinhos de gente espalhadas por aí...
Gente que nunca vi, mas que mostra a mim mesma através da sua existência. E isso me fez desmistificar a minha crença juvenil, de que tem que haver uma razão linear para o sentimento. Na verdade, o que há, são ecos nossos espalhados pelo mundo. Nada determinístico assim, mas profundamente belo.

Descobri que você mexe comigo justamente por fazer parte do meu passado, justamente por ser ausente. Descobri que a presença me anestesia, que a realidade me espanta e que liberdade é poder fechar os olhos e sonhar em paz.

Será?

Será que se a gente desejar alguma coisa, qualquer coisa, por mais tola que possa parecer, com toda força do nosso coração, com toda vontade, com toda paixão... Esta coisa acontecerá um dia?
será que a alma do universo vai me escutar outra vez? E, desta vez, eu estarei certa de que não será tarde demais, porque este é um desejo para a vida inteira, daqueles que sempre sonhamos desde criança, desde o dia em que nos encontramos diante deste mundo e descobrimos quem somos nós.
Eu quero tanto estar lá neste dia, quando este dia chegar... Eu quero tanto te dar o apoio que você precisa... Eu quero segurar suas lagrimas nos dias ruins, te contar de todas as vezes que você duvidou de si, e te mostrar o quão tolo foi pensar assim, porque um dia, lá na frente o futuro vai escrever com a caneta de ouro seu nome no universo das estrelas, e todas as duvidas, todas as hesitações, todas as vezes que nunca sabíamos o que ia acontecer, serão apenas fantasmas de um passado distante.
Será que se eu rezar esta noite com ardor e sinceridade alguém vai escutar o meu desejo e me ajudar a assistir este sonho chegar?
Eu quero chorar, na verdade, eu estou a chorar, meu coração está sangrando tanto e eu não posso deixar de sentir isso... É um pedaço de mim que quase consegui esquecer “lá atrás”, mas que graças a você eu reencontrei em mim, e graças a você hoje me faz tão feliz.
Então, santos dos céus, se eu prometer aquela prece, se eu orar uma quermesse, se eu desejar imensamente poderei um dia voltar aqui e sorrir diante desta tela pálida? Poderei um dia chorar as lágrima da glória dos grandes heróis da minha historia?

Tormentas dos sonhos

Angustiante te ver nos sonhos, angustiante respirar cada momento que estás de volta ao meu lado como um estranho distante. As vezes eu olho para você e enxergo um pouco de mim mesma através da sua indiferença pouco lúdica nas noites que vago entre uma atmosfera e outra de percepções, sons e emoções. Você marcou a melhor e a pior página da minha vida, você escreveu a pior e a melhor história sobre mim mesma, mesmo sem querer, mesmo sem saber, enquanto olhavas para mim com os olhos rasos de emoção. Eu morri várias noites caindo sempre no mesmo equívoco de tentar encontrar as respostas que sempre procurei. Nunca mais achei nada, nunca mais senti nada no estado de vigília que justificasse minha presença aqui... Deixei-me ir de ‘volta para casa’ através dos sonos confusos que tenho quando estou longe daqui... Mas isso não é suficiente, porque não posso ter este momento em mim, ele é tão volátil, tudo é tão fugaz, que não consigo me concentrar e encontrar nenhuma resposta. Tenho andado distraída e envolvida com outras coisas que vão muito além de mim mesma, isso talvez me mate ou me cure de uma vez por todas. Não tenho mais as respostas de antes, apenas as duvidas de sempre, espero que no próximo encontro eu possa ter a minha revanche, eu possa gritar à minha pouca paz!

Presente

O que significa intimidade? Qual é a real dimensão em ser íntimo de alguém? O que isso implica diretamente nas nossas vidas? É pateticamente estranha a forma como nos relacionamos durante a vida. É como se saíssemos de cena e tudo aquilo que era tão real e concreto se transformasse em pó, em um grande e distante lago vazio entre as pessoas que um dia já foram tão una. Nós passamos alguns anos, meses e dias das nossas vidas construindo emoções junto com alguém, nós chegamos muitas vezes a construir outros seres junto com alguém e, de repente, apenas porque determinou-se, nós viramos um estranho diante das pessoas que nos foram tão intimas, que moldaram junto conosco nossa própria existência... Nós perdemos a espontaneidade, a dimensão do carinho, do amor, do cuidado e a intimidade que nos fez sentir aconchegados quando determinamos um fim diante de alguém. É estranho, soa falso, porque de repente é como se tudo aquilo nunca tivesse existido, porque o presente é muito forte e real, e a força do agora é capaz de aniquilar qualquer verdade de outrora. O que será que levarei desta vida? Memórias individuais findadas em tempos ególatras? O que será que podemos dizer que é nosso de fato? Nem a nós mesmos possuímos, quiçá... Perdi a vontade de construir castelos de areia, perdi a vontade de construir um lugar seguro face ao futuro que indiferente aos meus sentimentos desmonta cada peça que eu montei com tanto amor e dedicação como se fosse poeira de estrela. Você se lembra? Costumávamos ser grandes, costumávamos acreditar que só com o nosso desejo e vontade manteríamos viva a emoção. Costumávamos estar apaixonados nas noites de verão e chorávamos toda vez que a chuva trazia fantasmas consigo. Nós éramos mágicos, eu fui uma heroína e nada disso ficou escrito em canto algum, tudo virou pó e cinza diante das regras da vida... Que, a propósito, quem ditou?